Written on segunda-feira, dezembro 22, 2008 by Maria
Deixo aqui algumas fotos dos recentes confrontos na Grécia. É impressionante como um só momento pode captar tanto.
Desculpem-me os apreciadores de fotos de paisagens e objectos, mas para mim não há foto melhor que uma foto com expressão humana, seja facial ou corporal.
Ora comprovem:
Este era o jovem Alexandros Grigoropoulos, cuja morte gerou toda esta violência.
Written on quarta-feira, dezembro 17, 2008 by Maria
O Piero gosta da tendência para o ano 2009 (pelo menos é o que diz a Guess) de se voltar aos anos 50. Há algo nesse estilo que tem uma pinta brutal. Nem que seja o estilo máfia.
Posto isto deixo aqui uma série bonita de publicidade retro-style:
Para quando uma Diana Chaves ou Helena Coelho em estilo retro?
Written on sexta-feira, dezembro 12, 2008 by Maria
E começou assim a chamada telefónica:
Ele: "Bom dia, é o sub-gerente da agência da CGD, tem um tempinho para falarmos?" Eu: "Hmmm.. sim..." Ele: "Obrigado. É para dizer que o seu cartão passou para a lista negra da SIBS por suspeitas de clonagem." Eu: "Oi?"
E a conversa durou mais uns 10 minutos, comigo a tentar perceber onde teria sido clonado e ele a explicar-me que este cartão ia à vida e um dia havia de chegar o cartão novo.
Agora ficou-me foi na dúvida. Será que a crise é tão grande que alguém se daria ao trabalho de clonar um cartão de uma pessoa cujo saldo bancário raramente é maior que 3 digitos?
Beijos e abraços Do vitima de fraude bancária low-cost Piero
Written on sexta-feira, dezembro 05, 2008 by Maria
Amo-te é pouco para descrever o que sinto. Amo-te, amo-te, amo-te. As declarações de amor que te faço são mais verdadeiras do que imaginas. Amo-te. E assim, dia após dia. O “amo-te” cansa-se. E “amo-te” passa a estar no meio do pão, do casaco, da história, do filme, da mala, da roupa, do copo. Está no meio das outras palavras. "Mas Maria, Eu amo-te"! diz ele. E soa a “Mas Maria eu calo-me!” porque com o tempo a força do amo-te perdeu peso. Perdeu força. Já não é dita olhos nos olhos. Antes dizia-se com a lágrima quase a sair, os olhos a cristalizar. Antes ouvia-se e o coração embatia contra o peito. Com tal força que se via a t-shirt a mexer por um décimo de segundo, juro que se via. “amo-te” era a sentença final. Era a última frase do filme que nos deixava agarrados à cadeira do cinema já com as letras finais a escorrerem no ecrã. E nós ali a pensar.. que bonito. Depois queremos durante anos viver aquela cena. E até esperamos com calma. Mas não nos lembramos que naquele filme o único “amo-te” que se ouviu foi aquele lá no fim. E que foi por isso que nos soou a verdadeiro, quando no fundo até foi dos mais encenados. Foi um filme pá! O “amo-te” do filme, ou o “amo-te” à filme, não ouviremos. Desculpem os corações mas sensíveis. Mas se pensarem bem, dão-me razão. Ora vejamos. Com 12 anos fazemos e recebemos as primeiras declarações de amor. As cartas. Nessa altura o “amo-te” é mais genuíno, poderia mesmo ser o tal, mas a verdade é que nessa altura somos muito novos para saber o que é amar. E dizemo-lo porque lá está, nos filmes é assim. Mais tarde 16 anos, é a fase do engate nas festas, na noite, no corredor da escola, já crescidos para o bate-pé. Raramente sai um amo-te. E quando sai é porque houve quase de certeza uma aposta por trás de como era capaz de conquista-la ou conquista-lo. Acalmem-se os crentes. Sim é verdade que nesta altura começam muitos dos namoros que acabam por durar 8 anos, 9, 10, que atravessam a faculdade, jantam em casa dos pais do outro. Fazem as primeiras viagens juntos, o primeiro quarto de Hotel. O primeiro “amo-te” quase à filme. Mas não, lembram-se do que acontecia depois da declaração? Pois.. pôr preservativo. Essa é que é essa, esse “amo-te” é bonito, sim, mas tem muitas hormonas por trás aos gritos que lhe tira protagonismo e na verdade realismo. Desculpem os corações mais sensíveis mais uma vez. Com 23, já acabou a faculdade, pessoas novas estão prestes a ser encontradas. Há um caminho que começa aqui e termina nos 33, 34. Encontra-se a pessoa para casar. É ele! É ela! Mas aí, o “amo-te” que tinha todo o potencial. Já não é o primeiro. Já foi dito aos 12, aos 16, aos 24. Já se disse a chorar, já se disse ao melhor amigo com uma bebedeira. Outra mulher já o ouviu, outro homem já o ouviu. E o impacto, quer se queira quer não, perdeu-se. Mas oh Maria, não podes pensar assim, esse “amo-te” não é o 1º mas é o mais sentido, bolas é para casar!!! Pois é certo, têm alguma razão. Então em que é que ficamos? Ficamos no seguinte: “amo-te” é bom demais para ser gasto. Se já está a desbotar, se já abusamos dele desde os 12 anos. Agora é guarda-lo para os momentos que o merecem. Não será aquele do filme. Mas colado a momentos de filme, fica quase. E acalmem-se os românticos que dizem, Ah e tal eu amo-a e digo-o todos os dias porque é verdade. Óptimo. Digo eu. Só não o digas, enquanto estás no wc de costas para ela. O momento pode ser todos os dias, sim, e até à mesma hora, os únicos requisitos cá para mim, é que pelo menos quando for dito, que seja mesmo verdade e que seja dito olhos nos olhos. Quem sabe se não cristalizam.
Written on terça-feira, dezembro 02, 2008 by Maria
Já há algum tempo que não ouvia uma musiquinha que gostasse à primeira.
Little Joy é basicamente um projecto que se resumiria como Los Hermanos + The Strokes (até porque tem membros das duas bandas). Quem gosta de uma das bandas vai gostar deste projecto. Quem gosta das duas vai adorar.
Neste single o som é mais um estilo surf music, muito Beach Boys, com o toque de voz do Rodrigo Amarante:
Nesta música já é um lado mais The Strokes a vir ao de cima:
Written on quarta-feira, novembro 19, 2008 by Maria
... realmente sabem o que fazem.
Apesar de para mim os prémios da MTV já terem perdido a magia (sim houve um tempo longínquo em que eu considerava que os VMA's eram os verdadeiros prémios da música) tenho que admitir que a MTV continua a saber fazer aquilo que se propõe: Um espectáculo para a TV.
Exemplo disso foi esta actuação brutal que fizeram aos The Killers nos últimos VMA's:
Written on sexta-feira, novembro 07, 2008 by Maria
Eu sei que o blog está a ficar cheio de vídeos e com poucos textos, mas sempre que vejo estas ideias geniais fico a pensar que adorava ter tido essa ideia antes ou apenas ter participado nesse projecto.
Written on quarta-feira, novembro 05, 2008 by Maria
Mas eu acho que o discurso de vitória do Obama é um dos melhores. É daqueles que vai ficar para a história:
Agora, quando é que os políticos portugueses vão aprender a não ler nem a usar ponto nos discursos? Reparem na força que tem ele estar a olhar directamente para as pessoas...
Written on quarta-feira, outubro 29, 2008 by Maria
Quase que aposto que as visitas à página da wikipédia onde se explica o que é o maniqueísmo, subiram a pique desde que começou a serie zé carlos dos gato fedorento.
Ele: Oh não ligues ele é tuberculoso? Eu: tuberculoso??!! Ele: Ai não é isso.. (coça a cabeça) É daqueles com a mania das doenças.. Eu: hipocondríaco? Ele: isso!
Written on terça-feira, setembro 30, 2008 by Maria
No meio das minhas pesquisas encontrei um livro do brasileiro Luís Fernando Veríssimo chamado "As Mentiras que os Homens Contam". É claro que o título me interessou, nem que fosse para ver o que ele dizia sobre nós. Foi então com agrado que li o prefácio:
Nós nunca mentimos. Quando mentimos, é para o bem de vocês. Verdade. Começa na infância, quando a gente diz para a mãe que está sentindo uma coisa estranha, bem aqui, e não pode ir à aula sob pena de morrer no caminho. Se fôssemos sinceros e disséssemos que não tínhamos feito a lição de casa e por isso não podíamos enfrentar a professora a mãe teria uma grande decepção. Assim, lhe dávamos a alegria de se preocupar conosco, que é a coisa que mãe mais gosta, e a poupávamos de descobrir a nossa falta de caráter. Melhor um doente do que um vagabundo. E se ela não acreditasse, e nos mandasse ir à escola de qualquer jeito, ainda tínhamos um trunfo sentimental. "Então vou ter que inventar uma história para a professora", querendo dizer vou ter que mentir para outra mulher como se ela fosse você. "Está bem, fica em casa estudando!" E ficávamos em casa, fazendo tudo menos estudar, dando-lhe todas as razões para dizer que não nos agüentava mais, que é outra coisa que mãe também adora.
A primeira namorada. Mentíamos para preservar nosso orgulho, certo?
- Não, não, eu estava passando por acaso. Você acha que eu fico rondando a sua casa o dia inteiro, é?
Mas o que vocês pensariam se nós disséssemos: "Sim, sim, não posso ficar longe de você, penso em você o dia inteiro, aqueles telefonemas que você atende e ninguém fala, sou eu! Confesso, sou eu! Vamos nos casar! Eu sei que eu só tenho 12 anos e você tem 11, mas temos que nos casar! Senão eu morro. Senão eu morro!"? Vocês se assustariam, claro. A paixão nessa idade pode ser um sumidouro. Mentíamos para nos proteger do sumidouro.
Outras namoradas. Outras mentiras.
- Eu só quero ver, juro. Não vou tocar.
Vocês não queriam ser tocadas, mas ao mesmo tempo se decepcionariam se a gente nem tentasse. Nem desse a vocês a oportunidade de afastar a nossa mão, indignadas. Ou de descobrir como era ser tocada.
Namorar - pelo menos no meu tempo, a Renascença - era uma lenta conquista de territórios hostis, como a dos desbravadores do Novo Mundo. Avançávamos no desconhecido, centímetro a centímetro, mentira a mentira.
- Pode, mas só até aqui.
- Está bem. Não passo daí.
- Jura?
- Juro.
- Você passou! Você mentiu!
- Me distraí!
Dávamos a vocês todos os álibis, todas as oportunidades para dizer depois que tudo acontecera devido à nossa calhordice e não à vontade que vocês também sentiam. Não mentíamos para vocês, mentíamos por vocês. Os verdadeiros cavalheiros eram os que enganavam as mulheres. Os calhordas diziam, abjetamente, a verdade. Não faziam o que juravam que não iam fazer, transferindo toda a iniciativa a vocês. É ou não é?
Mas isso tudo mudou, desgraçadamente bem quando eu deixei para trás as tentações do mundo e entrei para uma ordem (a dos monógamos). A revolução sexual, que um dia ainda vai ser comemorada como a Revolução Francesa, com a invenção da pílula anticoncepcional correspondendo à queda da Bastilha e o fim dos sutiãs ao fim da monarquia - e o termo sans culotte, claro, adquirindo novo significado - tornou o relacionamento entre homens e mulheres mais franco e desobrigou os homens de mentir para as mulheres para salvar a honra delas. Aliás, dizem que a coisa virou de tal maneira que hoje a mentira mais comum dita pelos homens é "Esta noite não, querida, estou com dor de cabeça". Não sei. Mas continuamos mentindo a vocês para o bem de vocês.
"Rmmwlmnswl" não significa que nós estamos fingindo dormir com medo de ir ver que barulho é aquele na sala. Significa que estamos fingindo dormir para que você vá ver com seus próprios olhos que não é nada e pare com esses temores ridículos, e se for mesmo ladrão nos avise a tempo de pular pela janela.
"Fiquei fazendo companhia ao Almeidinha, coitado, ele ainda não se refez" significa que a nova gata do Almeidinha só saía com ele se ele conseguisse um par para a prima dela, e nós fazemos tudo por um amigo, mas não queremos estragar a ilusão de vocês de que a separação deixou o Almeidinha arrasado, como ele merecia.
"Está quase igual ao da mamãe" significa que não chega aos pés do que a mamãe fazia, ou então que está muito melhor, mas que o importante é vocês não se sentirem nem tão ressentidas que decidam atirar o doce na nossa cabeça e depois se arrependam, nem tão confiantes que parem de tentar ser iguais à mamãe, e no dia que a gente disser que está sentindo uma coisa estranha bem aqui, só para não ir trabalhar e ficar vendo o programa da Xuxa, vocês não digam "Comigo essa não pega" e nos botem para a rua.
Como se provou aqui, nós, se mentimos, é sempre para o vosso bem! Posso dizer até que a mentira para nós é uma coisa penosa, mas a vossa felicidade compensa esse erro.
Portanto a próxima vez que reclamarem connosco por causa duma mentira qualquer, pensem primeiro a ver se vocês não foram as principais benificiadas por essa mentira ;)
Já agora quem se quiser aventurar na leitura deste livro, tem aqui o link para uma versão praticamente ilegível.
Written on terça-feira, setembro 16, 2008 by Maria
..porque eu não caso com o casamento e adoro as pessoas que me entendem.
Well done Chris!
"Marriage is tough, man. Marriage is real fucking tough. Marriage is so tough, Nelson Mandela got a divorce. Nelson Mandela got a fucking divorce. Nelson Mandela spent 27 years in a South African prison, got beaten and tortured every day for 27 years, and did it with no fucking problem. Made to do hard labour in 100-degree South African heat for 27 years, and did it with no problem. He got out of jail, after 27 years of torture, spent six months with his wife and said, «I can't take this shit no more!"
(Chris Rock)
Piccola Maria
Ps: Ju eu sei que estás farta dos videos e por isso mesmo deixei o texto por extenso. Quem é amiga?! :D
Written on quarta-feira, setembro 03, 2008 by Maria
E quem é Don Lafontaine? Conhecido como The Voice of God, ele emprestou o vozeirão para mais de 3500 trailers, anúncios, programas de televisão e todo tipo de chamadas.
Eu nunca mais me vou esquecer do Ipod quando for viajar. Eu nunca mais me vou esquecer do Ipod quando for viajar. Eu nunca mais me vou esquecer do Ipod quando for viajar. Eu nunca mais me vou esquecer do Ipod quando for viajar. Eu nunca mais me vou esquecer do Ipod quando for viajar. Eu nunca mais me vou esquecer do Ipod quando for viajar. Eu nunca mais me vou esquecer do Ipod quando for viajar. Eu nunca mais me vou esquecer do Ipod quando for viajar. Eu nunca mais me vou esquecer do Ipod quando for viajar. Eu nunca mais me vou esquecer do Ipod quando for viajar. Eu nunca mais me vou esquecer do Ipod quando for viajar. Eu nunca mais me vou esquecer do Ipod quando for viajar. Eu nunca mais me vou esquecer do Ipod quando for viajar. Eu nunca mais me vou esquecer do Ipod quando for viajar. Eu nunca mais me vou esquecer do Ipod quando for viajar. Eu nunca mais me vou esquecer do Ipod quando for viajar. Eu nunca mais me vou esquecer do Ipod quando for viajar. Eu nunca mais me vou esquecer do Ipod quando for viajar. Eu nunca mais me vou esquecer do Ipod quando for viajar. Eu nunca mais me vou esquecer do Ipod quando for viajar.
Ultimamente tenho "perdido" muito tempo a ver as fotografias de Henri Cartier-Bresson e cada vez mais me apetece sair para a rua e começar a tirar fotos a desconhecidos.
Mas porque é que eu não tenho uma máquina fotográfica? Porque é que eu recebi uma câmara de filmar em vez de uma de fotografar? Porque é que não tenho mil euros para comprar "aquela" máquina?
Tirem-me tudo, (até o azeite galo) menos o Porto Santo, de preferência em Agosto. Bastam 4 dias. Apenas 4 dias e fico pronta para mais um ano. Sim porque descobri que o meu ano acaba e começa quando vou ao Porto Santo. Preferia mil vezes festejar o fim de ano no dia em que lá chego em vez de o fazer no 31 de Dezembro, pfff que cliché! Festejava de Havaianas nos pés e biquini. Na praia, dentro de água, com música e amigos. Divertiamo-nos até de manhã se nos apetecesse. Brindávamos as vezes que nos apetecesse e em vez das doze passas comíamos doze uvas (as uvas do porto santo são as melhores do mundo). E de manhã o sol nascia na praia e nós a vê-lo. E quando nos cansássemos, dormíamos na praia, embalados pelo som das ondas pequeninas e à sombras das palhotas. E esta "festa de fim de ano" durava os dias que ficássemos por lá. Porque para mim, é quando me vou embora que o ano novo começa.A areia fina, a cor do mar, a temperatura do mar, a calma do mar.. tudo é perfeito. Sou uma apaixonada por aquela ilha. E só me lembro porquê quando lá chego. Olho à minha volta e penso "Ah é por isto que eu gosto tanto disto!". E volto a apaixonar-me.Para quem não conhece e tenciona ir um dia ao Porto Santo, atenção: Tenho uma teoria há já largos anos e que já verifiquei ser real. Passo a explicar, apaixonar-se pelo Porto Santo é aparentemente fácil, pela descrição fantástica que se faz normalmente da ilha paradísiaca e tal, MAS, e não se espantem agora, as pessoas só se apaixonam pelo Porto Santo na segunda vez que lá vão. Só muito raramente acontece na primeira vez. E porquê perguntam? Porque, meus senhores e minhas senhoras, nós seres humanos tendemos a criar expectativas e a expectativa que se cria é que vamos para uma ilha deserta nas Caraíbas. Ora, quando se lá chega, experiencia-se outra realidade que parece à primeira vista inferior ao paraíso "caraíbico" (adoro inventar palavras) e perante esta realidade, torna-se difícil vivenciar as maravilhas da ilha. Assim sendo, é quando se lá vai na segunda vez, de olhos revirados a pensar "oh, bolas já conheço aquilo! A praia é uma praia e pronto, para ir à praia vou à Costa que nem portagem pago.." e portanto sem expectativas, que os nossos olhos se apercebem do que vêem e o resto dos sentidos também se apura e nos dislumbramos com o que vemos. Fica o aviso, vão dois verões seguidos e nunca mais querem outra coisa. É garantido.Portanto, tirem-me tudo, menos a minha semana de verão no Porto Santo. A deste ano já foi, e como tal o ano começa hoje para mim. Sendo assim.. para mim e para quem se quer juntar a mim: FELIZ ANO NOVO!!! uuuuuuuuuuuhhhuuuuuu!!! tchim tchim!!Piccola Maria
Um senhor sem braço e sem pernas, triste que só ele, foi para a praia com os amigos. Para o entreter, os seus amigos, estes com braços e pernas, puseram-no à beira de água enquanto jogavam à bola. Mas a maré foi enchendo, enchendo e o senhor deseperado tentou rastejar para fugir da água. Ao fundo um bêbado observava a cena. De repente o homem embriagado corre para a água, despe a roupa, avança para o senhor sem braços e sem pernas e empurra-o decididamente em direcção às ondas gritando: "Vai tartaruguinha, vai!"
... e já agora provar que a Amy é muito mais do que aquilo a que assistimos no rock in rio e do que temos visto por aí (e por aqui também)..
Depois de tanto tempo sem dar noticias, hoje volto e mesmo assim sem saber o que escrever. Todos os dias penso "isto dava um bom post", mas depois há sempre uma razão que me impede de escrever. Depois vai-se a ver, e chovem queixas dos meus 2 leitores, a minha Mãe e o Piero. Desculpem, estou de volta como pediram.
Ora então vamos à minha dissertação de hoje. lambe-botas, invejosos e prepotentes. Detesto estas pessoas e vejo-as cada vez mais perto. Oportunistas, ignorantes, armados em cavalos de corrida. Pessoazinhas. Convencidos que são grandes. Odeio essa gente amiga dos que estão no poder só porque dá jeito. Armados ao pingarelho com quem está à volta só porque se sentem em grande. Odeio essa escumalha. Mas descansa-me saber que pessoas dessas nunca chegam onde querem. Acabam sempre por tropeçar. E ficar onde merecem. Detesto pessoas que não suportam ver os outros felizes e se irritam com quem gosta de rir. Sim, gosto de rir, às gargalhadas e quanto mais tempo durar a minha gargalhada e a dos que me rodeiam, melhor. Se se chateiam porque ao vosso lado há gente feliz é porque alguma coisa de mal se passa nessas cabecinnhas. É a gentinha deste País, pequenina e incapaz. Que preferem ver alguém a chorar, porque quando alguém chora, é fácil parecerem bonzinhos. Uma festinha no cabelo, uma palmadinha nas costas, e uma pergunta "o que é que se passa?" E estes macacos sentem-se bem, importantes, os maiores. Não porque ajudaram alguém não. Sentem-se grandes porque há alguém infeliz, como eles. E assim sim, sentem-se acompanhados. Triste gente, que diz que não gosta da pessoa A e B porque estão sempre a rir. Triste gente que ri uma vez por mês e quando o fazem olham à volta para ver se alguém viu. Os tristes invejosos, não aguentam ver os outros felizes e despreocupados e protegem-se atacando. Podem vir, a inveja nunca ganhou a boa disposição. Espero que leiam isto e o tiro vos acerte.
Hoje venho aqui falar de uma lei do universo (tipo lei da atracção) que existe desde o inicio da humanidade e que me foi transmitida por pessoas muito sábias e que foi ainda comprovada por mim. A Lei da Compensação
O que esta lei nos diz é que todo o universo é construido de forma a que não haja ninguém numa ponta da balança, mantendo-se assim um equilíbrio constante. Ou seja, o universo tudo faz para manter um equilíbrio recorrendo à compensação.
E o que é a compensação? É o factor que determina que para uma coisa boa tem que haver uma coisa igualmente má, de modo que resulta para toda a Humanidade um estado de equilíbrio.
Passando de um nível teorico para um prático, vamos ver o exemplo das mulheres (não me culpem, foi assim que me foi passado o ensinamento e foi assim que o comprovei):
As mulheres quando são muito belas e esbeltas (vulgo podre de boas) escondem em si sempre algo que as torna insuportáveis para qualquer relacionamento superior a umas quantas noites (ou horas dependendo do estado da coisa).
As mulheres giras e simpáticas e interessantes tendem a ter um corpo nada interessante.
Quando as mulheres não desenvolveram um aspecto facial muito atraente, o corpo tende a desenvolver-se e torna-se um corpo bastante interessante (vulgo boa comó c#$%lho).
Depois há as mulheres bastante atraentes psicologicamente e muito simpáticas e com quem se pode ter conversas realmente interessantes e que não são maradas da cabeça, mas que a cara e o corpo estão muito longe do que seria minimamente desejável.
Por fim temos as excepções à regra, que são as mulheres que além de ter um corpo parecido com um acidente nuclear, têm uma cara semelhante ao Seal e têm o mesmo interesse que o horóscopo do professor Bamba. Ou seja são as chamadas "não há ponta por onde se pegue". (Não pus o exemplo contrário, de mulher gira, boa e interessante porque só há uma e portanto não serve de exemplo. muahahah)
As conclusões que retiramos daqui é que todas as mulheres têm pelo menos uma coisa que atrai os homens e que também permite que não haja concorrência desleal. Quando se vir uma mulher toda boa já se sabe... não bate bem. Quando ela não for muito gira... então certamente é possível ter uma conversa com ela.
Com isto tentei explicar a teoria da compensação. Certamente aplica-se a outros temas além de mulheres, mas o tempo é escasso. Se alguém quiser desenvolver está inteiramente à vontade.
Há crise dos alimentos, ai o arroz e o pão que falta me fazem! Há crise dos combustíveis, ai o gasóleo já acabou na Esso e na Total e já custa quase tanto como a gasolina. Ai que ainda me lembro de encher o depósito com 25€ . Ai toca a fazer bloqueios e protestos, nada de abastecer nos postos da Galp e da BP. Ai que o País está em crise. Não há salários para os jovens, nem casas a preços porreiros para os mesmos jovens. Ai que tenho quase 30 anos e vivo com os meus pais! Há crise nos santos populares, sardinha a 25€. Ai que isto já não é nada como antigamente!
Este país é uma sopa de queixas, todos sempre aos "ais"! E se querem saber, até acho que há razões para tantos "ais", sim há, por isso cá vai o meu também:
AAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!!
Mas o que é certo, é que há crises muito mais graves para nos queixarmos. Há! Há!
A última que me lembro, assim de repente, é a crise dos solteiros com 25 anos ou mais neste País. Não há. O stock esgotou completamente. E greves e protestos contra isto, nada!?
Ah pois, estão todos "ocupados" porquê contestar? Pois eu aviso-os, se um dia isso acaba, vão desejar que se tivessem feito manifestações.
Faltam solteiros e solteiras nas prateleiras. Por muito que se procure e vasculhe não se encontra. Não digo isto em desespero de causa, eu felizmente lá me vou safando com os casados (ui que isto soa tão mal, ahahaha). Mas olho em meu redor e nada. Puff! Foram-se.
E vejo beijinhos, e mãos dadas nos jardins e nos cinemas. Oiço "vou ter com a minha namorada", e "olá amor, vens-me buscar?" Mas e o resto? não os vejo por aí!
Vá, mentira. Às vejo umas solteirinhas muito tristes que não sabem como encontrar um solteirinho não tão triste, mas é o que eu lhes digo, "também não sei deles já lá vai algum tempo." E também já dei de caras com alguns solteirinhos, é verdade, mas são assim, como explicar... estão a ver aquela última bolacha do pacote que vem assim toda partidinha, sem piada nenhuma que nem apetece comer? Pronto, é isso. (acho que fui literalmente clara.) E depois, há os solteirinhos que são demasiado.. como explicar... amigos. Amigos que quando conhecemos eram amigos e sempre ficaram amigos, e até podiam ser perfeitos para "ocupar" mas são muito.. amigos, não dá.
Quando perco uma coisa de que gostava muito, ou quando me roubam uma coisa de que gostava muito, ou quando me desaparece sem que eu perceba muito bem como, uma coisa que gostava muito, sinto assim, um vazio. É como comer Mcdonalds e não beber coca-cola. Falta qualquer coisa. E de facto falta mesmo, porque há compras que nos preenchem. Vamo-nos completando assim com coisas pequeninas. O cd de Dave Matthews no pavilhão Atlântico era para mim uma dessas compras. Porque estive lá e porque é o Dave Matthews e quem me conhece sabe, Dave Matthews está para mim como a bateria está para o telemóvel (bonito isto..).
Um dia, sem aviso, este cd evaporou-se. Nem quero saber muito bem como. Mas o vazio esteve lá estes meses. Cada vez que me lembrava que já não o tinha, até ficava com calor!
Mas hoje, hoje voltei a sentir-me aconchegadinha, como se me tivessem enrolado numa mantinha daquelas fofinhas. Porque há pessoas que sabem como me fazer dar pulos de alegria, e uma dessas pessoas hoje estendeu-me a mão com o cd ainda envolto no plástico. Acabadinho de comprar (pela net que é a única maneira, caso queiram saber), pronto para vir para mim, outra vez. Foi melhor que o Natal!
Obrigadãozão gajo! :D
tou tãããããooooo contente!!
Agora vou ali ouvir uns acordes que já tenho saudades.
Ontem estava a ver a Boa Noite Alvim em que os convidados eram o José Pedro Gomes e a Lena D'Água.
No meio da conversa o Alvim aborda o tema dos inúmeros namorados da Lena D'Água ao longo destes anos. Esta confirma que teve muitos namorados na sua vida mas que não costumava fazer sexo, normalmente duravam tão pouco tempo que só dava para beijinhos.
Mais tarde na conversa é abordada a questão das drogas no mundo da música (Amy queres dizer alguma coisa?) ao que a Lena admitiu que em Portugal existe, mas é só charros.
Já para o fim do programa estava-se a falar de groupies (a person who seeks sexual and/or emotional intimacy with a celebrity) ao que a Lena responde que acha que não existem em portugal. Diz que tem fãs mas groupies não.
Isto fez-me pensar que Portugal é país tão pequenino e mesquinho que enquanto no mundo se apregoa o lema do Rock como sendo Sexo, Drogas & Rock'n'Roll, aqui o "rock" tem o lema de Beijinhos, Ganzas e Rock...
Para ver
Para dar
Para estar
Para ter
Para ir
Pra ouvir
Pra sorrir e entrar
Para rir
Pra voltar
A tentar
Pra sentir
E mudar
Pra voltar a cair
Para me levantar
Para nunca mais tentar
Mentir
Pra crescer
Para amar
Para ser
O lugar
Pra viver
E gostar
De gostar
De viver
Pra fugir
Pra mostrar
Pra dizer
Pra ter paz
Pra dormir
Pra fingir acordar
Para ser
Derramar
Para nunca mais tentar
Mentir
Apesar da Maria ter-se estranhamente tornado uma das minhas fornecedoras de novos talentos musicais, é agora a minha vez de aconselhar vivamente um artista.
E que artista este. Basicamente foi o primeiro não-cantor a ganhar o prémio de Best Male Artist nos Brit Awards. Dois grandes feitos!
Este senhor é o produtor Mark Ronson e basicamente é o responsável por artistas sucesso como Lilly Allen, Adele, Christina Aguilera, Robbie Williams e a brilhante Amy Winehouse.
É o artista que se senta atrás da mesa, faz e molda a música e por fim dá aos artistas para estes serem famosos e cantarem essas mesmas músicas como se fossem suas, por todo o mundo. No fundo é quase uma função filantrópica mas que me parece muito gratificante.
Entretanto este artista lançou agora um dos melhores albuns que ouvi este ano, chamado Version, cheio de covers com roupa nova e com cantores conhecidos de todos.
Aqui fica o vídeo da sua perfomance nos Brit Awards, com 3 músicas que estão no Version.
Digam lá se a drogada da Amy não é genial? Figuras destas já não existem!
Já tinha dito aqui que adoro aquelas filmagens em ultra slow-motion.
Mas tem muito mais piada quando a filmagem é de pessoas a serem espancadas! Está brutal.
Parece que estas pessoas são trabalhadores de uma empresa chamada Action Figure e isto é publicidade... o que estas pessoas fazem para assegurar o emprego... pfff!
Eu nem sou grande fã de Saramago, mas estou cheio de vontade para ver o Ensaio sobre a cegueira.
1º - Porque é do Fernando Meirelles que nos deu o melhor filme brasileiro de sempre 2º - Porque parece que a história é muito boa 3º - Porque é um filme brasileiro e eles são os melhores a fazer cinema 4º - Porque tem a Julianne Moore e a Alice Braga ;)
E agora surgiu a 5ª razão. A reacção do Saramago depois de ver o filme:
Isto impressiona principalmente depois de saber que ele no início estava contra alguém fazer uma adaptação do filme ao cinema.
Se eu fosse responsável pela comunicação não utilizava o trailer do filme para promoção, mas sim este vídeo!
Comprar o bilhete do Rock in Rio para dia 30 para ir ver Amy Winehouse é um risco enorme. O meu foi oferecido, mas mesmo assim tenho receio que vá lá ver só o Lenny Kravitz ou a milésima actuação da Ivete Sangalo.
Isto porque esta menina é capaz de ficar presa na alfândega sendo considerada traficante de estupefacientes (apenas pela droga que transporta no seu sangue) ou então ter uma overdose mesmo antes de apanhar o avião para Portugal...
São precisas provas da pedalada da jovem? Aqui vai:
Senhores do Rock In Rio por favor criem um seguro para quem comprou o bilhete de dia 30, porque acho que esta menina não chega até lá....
Dia 28 de Abril. Até hoje, era um dia. Um dia em que se saía de casa e se chegava a casa sem pensar em nada de especial a não ser "uff que dia!" A partir de agora é o dia. Gosto do 20 e gosto do 8. Vou adorar todos os anos este dia. Ganhou força e sentido. Ganhei e ganhamos a Mafalda.
E ainda por cima sai à prima, com a mania que é esperta, à primeira hipótese bimba! Manguito para a sô tôra que já anda a chatear muito. Ganda Mafalda! Bem-vinda! Bora pros copos?
Eu quero fumar e o resto é conversa! Quero! Quero mesmo. Quero, porque fumar é outra vez cool. Essa é que é essa. Agora que é proibido fumar nos restaurantes e nos locais de trabalho passou a ser muito cool fumar. Arranjam-se novos amigos e fazem-se conversas engraçadas enquanto se fuma à porta dos prédios das empresas. Combinam-se horas para se encontrarem todos, desabafam o stress do trabalho, dizem mal dos chefes uns dos outros e quando apagam o cigarro, já a conversa vai no fim, despedem-se com um até logo, e sobem descontraídos. Porque de repente há como que uma comunidade. Os fumadores são um grupo de conhecidos que se tornam quase amigos, que se divertem e se riem efazem private jokes. Que saem e entram juntos em todo o lado. Andam em grupo, são uma nova tribo. Uma tribo que crava isqueiros na esplanada, e que fazem piadas sobre a Rita que rouba os isqueiros a toda a gente e anda sempre com cinco na mala. Os fumadores são os que se levantam da mesa de trabalho para irem arejar ou fumar. São os que têm uma desculpa para flirtar com alguém na discoteca ou num restaurante ou num centro comercial. São os que têm sempre um tema de conversa, sem terem de ler o jornal. "tenho mesmo de parar com isto" ou "já estive sem fumar 5 meses mas depois tive o casamento do meu primo e estraguei tudo numa noite." Ah os fumadores, aqueles que se levantam mais depressa da mesa depois do almoço de familia ou de empresa e que arranjam sempre companhia para ir lá fora. Se houver um não-fumador na mesa, ou fica ele sozinho, ou vai para a rua "não-fumar" enquanto os outros fumam. O não fumador é o gajo sem compinchas. Ninguém o vai chamar para “ir lá a abaixo”. É o gajo que não deixa fumar no carro por causa do cheiro e por isso, é o chato. O fumador até respeita isso, e diz que também não deixava se fosse ele. Mas o chato foi o não fumador, que o privou do seu vício, do seu maior prazer. E o fumador, ainda diz qualquer coisa como "deixa eu fumo quando voltarmos a parar" e fica o peso da privação a que foi sujeito no ar. A verdade, é que o fumador quando puxa o fumo, fecha os olhos de prazer. E eu invejo sempre aquele momento. O mundo para-lhes e eu fico a ver e a imaginar como será. Eu adoro chocolate, mas não fecho os olhos daquela maneira quando como. Eu quero fumar. Porque me sinto "convivoexcluida". E quem me conhece sabe que gosto de socializar. Por isso quero fumar, mesmo que isso implique um pulmão mais fraquito, ou um cansaço maior nas aulas de boxe. Se formos a ver bem, até tem pinta tossir um bocadinho, franzir a cara, mostrar os dentes em sinal de exaustão e exclamar "epá tenho mesmo de deixar de fumar". É a desculpa perfeita para não se chegar ao fim de um treino. Ou para justificar a falta de fôlego num jogging matinal. Quero fumar, porque quero uma desculpa que sirva para tudo, sem que me chateiem. Quanto muito, vem de vez em quando uma liçãozinha de moral, sobre o devias deixar de fumar, e o cancro e tal. Mas isso é o menos. Até agora que não fumo já conheço o discurso e já sei que reacção devo ter. "pois, tens razão. Mas não vai ser hoje que ando nervosa."
Quero fumar, sim. Por muito politicamente incorrecta que possa parecer. O problema, é que sei que não vou ter tempo para começar. Que ando com muito trabalho e não vai dar para descer. E que quando estiver sentadinha no restaurante não me vai apetecer ir para o frio só porque tenho de ir fumar. Mas lá que quero um dia destes, lá isso, quero.
A quem me deixou isto hoje na minha porta. Por saber que eu queria muito e ainda não tinha tido tempo para comprar. Porque gestos destes, são de filme e eu nunca me esqueço.
Isto é digno de um post do blog Guia das mulheres para totós, mas hoje tenho que falar sobre esta técnica milenar desenvolvida por seres femininos, transmitida por gerações e gerações de mulheres que já habitaram este mundo.
Ontem fui eu, mais um alvo desta maléfica conspiração que é a chantagem feminina:
Não é que a certas horas da noite recebo um sms a dizer qualquer coisa como "Está uma noite tão boa, parece verão! Vamos fazer alguma coisa!". Até aqui tudo bem, tudo normal. Ao que eu respondo "Aih! É bué tarde e ainda nem jantei. Não queres marcar para amanhã?" e ela remata algo tipo "És um ranhoso! Amanhã não posso.". Aqui admito que dei parte de fraco e respondi "Pronto vá... vamos comer um gelado ao pé da praia. Já passo aí".
E aqui é que entra em todo o esplendor a famosa chantagem feminina. Reparem bem, leiam com atenção e calma para que não vos escape nada. Foi tipo isto: "Não não... se estás cansado não vamos... Também já comi um gelado. Deixa... Mas lá que está uma noite muito boa está..."
Conseguiram perceber? Notaram a chantagem ali escarrapachada??
Pois bem é contra este tipo de chantagem que me insurjo! Há anos que vocês (mulheres) usam esta chatangenzinha para conseguir o que querem! É das coisas mais baixas! É mesmo "ah, não consegui as coisas pelo ládo fácil. Então vou ter que lançar a chantagem!". O pior é que muitas vezes vocês já devem fazer isso inconscientemente! Lançam a chantagem quase sem terem a noção que a estão a lançar!
O Conan O’Brien dizia no outro dia que um casal comemorava naquela semana, 83 anos de casados e que quando lhes perguntaram como se sentiam depois de tantos anos juntos, estes responderam “please kill us!” Passamos a vida à procura de uma pessoa que nos vai completar. E depois de a encontrarmos, não a suportamos. Todos os poetas escrevem sobre o amor, verdadeiro e eterno, hollywood e os seus realizadores passam a vida a inventar estórias novas para as suas comédias românticas. E chega-se mesmo a acreditar que o principal objectivo da nossa vida é encontrarmos “aquela” pessoa. Um desafio. Parece-me um jogo de pistas. Tem de ser alto e giro, e tem de ter piada, e saber falar e não ser burro. E quando encontramos uma pessoa assim, há sempre um problema. Ou já tem namorada, ou acabou um namoro longo há pouco tempo, ou ainda vive com os pais, ou vai viver para o estrangeiro não sei quantos anos, ou nós vamos para fora e ele não quer ir ou não pode e os namoros à distância não resultam. E na verdade, nunca chegamos a estar completos. Porque mesmo quando pensamos estar, mais tarde ou mais cedo, vai acabar. E quando acaba, a dor pesa nos olhos, e nas mãos, e nas costas e na barriga. O corpo dói mais do que quando está com gripe. A perda é pior que a morte, porque aquela pessoa que pensamos que nos completou, ainda está por cá, viva, mas só para os outros, para os outros. E há um dia atrás essa pessoa, era toda nossa, “és a minha pessoa preferida”. A verdade é que a dor passa e sem Brufen. O amor é efémero quer queiramos quer não. Se assim não fosse, não se faziam constantemente piadas sobre casamentos longos. Se assim não fosse, não ouvíamos coisas como “És a minha pessoa preferida” para meses depois nem nos falarmos. Se assim não fosse, nem sequer havia a psicanálise e a psicoterapia. Porque nos andamos sempre a curar da última dor, da última angústia. E vamos tomar cafés para contar aos amigos a nossa última desgraça. Que não passa de uma só coisa, um gajo que não conheciamos de lado nenhum, um dia apareceu e pareceu ser porreiro e falamos e demos os melhores beijos e jantamos e almoçamos e jantamos outra vez e fizemos amor, e durante meses ou anos ele estava em todas. E dormiamos juntos e que bom, acordavamos juntos. E agora acorda cada um em seu lado. E era um gajo que há algumas linhas acima nem conheciamos de parte alguma. E de repente este é o centro da nossa vida. “Nem imaginas o que a minha namorada me fez, foi passar o fim de semana com o João e disse-me que ía para casa da Patrícia, achas que me anda a traír?” Fodaaasss Chico, claro que sim. Mas deixa, agora parece que o mundo caíu, mas daqui a uns meses estás tu a fazer o mesmo a outra gaja, que não conhecias de lado nenhum, mas naquela noite estava no jantar de anos do Rui e chegaste a casa com o número dela e sentiste que te completava, e depois, já não. Porque numa noite mais tarde, conheceste a loira e ela fez-te uma conversa do caraças, e um homem não é de ferro e tal, e agora está aquela que te completou antes, no café com as amigas, a chamar-te cabrão que é o que tu és. Porque, procuramos tanto e por todo lado, desesperados para que essa parte da nossa vida aconteça e nos complete. Porque no trabalho e com os amigos e com a família está tudo optimo, excepto o divórcio dos meus tios e dos meus pais. “Ah mas a avó e o avô estão juntos e felizes há anos!” Felizes? Eles já não sabem quem são. Ela sabe que o avô liga o botão da tv e ali fica a Fátima Lopes toda a manhã com eles. Ele sabe que há 13h a sopa vai estar na mesa e que é ela que a põe. Dançam coordenados sem darem conta. Ele acaba a sopa, ela levanta a mesa, ele desliga a tv, ela vai fazer a lista do supermercado. Ele vai-se deitar, ela vai à missa. Ela volta, ele acordou, ela vai descansar um bocadinho para o quarto, ele vai ligar a tv. E mal se falam, porque falaram a vida toda e já não há nada para dizer. Já perderam a paciência um para o outro. Só a têm quando ao domingo vão os filhos e os netos lá a casa fazer barafunda e têm de parecer felizes. Quando toda a gente sai, entra o silêncio. E eles, os avós, pensam que são eles, os seus filhos e os seus netos, filhos dos filhos, as suas pessoas preferidas. Os filhos sim, talvez esses nos completem. “Filha, és a minha pessoa preferida”. Tão lógico, tão verdadeiro, tão dificil prever traição entre pai e filha, ou entre mãe e filho ou whatever. Se forem filhos do momento exacto em que o pai e mãe se completavam, aí sim, tudo parece fazer sentido, tudo parece perfeito. Mas nem sempre é assim. E quando não é assim, quando as coisas acontecem fora desse momento, desse exacto momento, temos um filho, que será na mesma e sem dúvida, a nossa pessoa preferida, mas imagino que até ao resto das nossas vidas, dentro do peito estamos a gritar, sem ninguém nos ouvir, “please kill us!” porque alguma coisa mesmo assim correu mal e estamos incompletos para sempre, porque é tarde de mais.
Inicia-se hoje neste blogue, aka blog, uma rubrica. A nossa primeira rubrica!! Que emoção, até parece um blog a sério.
A nossa 1ª rubrica designa-se: "Meu Deus se não fosse o messenger onde teríamos estas conversas!?"
Ora, como o próprio nome indica, esta rubrica diz respeito a conversas de messenger. Mas conversas que mereçam ficar registadas e possam ser lembradas para todo o sempre. Conversas que vamos um dia orgulhosamente mostrar aos nossos filhos. Conversas que têm de ser partilhadas pela tamanha estupidez. Eis a primeira:
Nota prévia: este é apenas um excerto da conversa em questão, vários assuntos foram debatidos durante algumas horas, se se justificar publicaremos toda a conversa em pequenos excertos.
Joana says: (11:39:58 AM) vamos combinar qq coisa este fds? Joana says: (11:40:01 AM) VAMOS!!! A Maria Balboa says: (11:40:51 AM) vami!! Joana says: (11:42:19 AM) boa! A Maria Balboa says: (11:42:55 AM) por acaso acho q vai cá estar a gravida da minha pima A Maria Balboa says: (11:43:04 AM) mas é na boa ainda a convenço a vir connosco e a mafalda dentro da barriga começa logo a curtir lisboa! Joana says: (11:43:36 AM) a grávida da tua prima tambem, pá! A Maria Balboa says: (11:43:46 AM) ate parece insulto lol Joana says: (11:43:47 AM) olo Joana says: (11:43:56 AM) (oops, isto é um penis) A Maria Balboa says: (11:44:00 AM) loooooll Joana says: (11:44:02 AM) LOL A Maria Balboa says: (11:44:03 AM) naaaa A Maria Balboa says: (11:44:12 AM) ollo A Maria Balboa says: (11:44:17 AM) isto sim é um penis Joana says: (11:44:45 AM) não, isso são uns oculos! A Maria Balboa says: (11:44:56 AM) olºlo e assim?? A Maria Balboa says: (11:44:59 AM) ahahahahaha Joana says: (11:45:23 AM) lol Joana says: (11:45:31 AM) assim é demasiado g´rafico!! A Maria Balboa says:(11:45:44 AM) hehehhee
Hoje tive conhecimento de mais uma série graças ao meu amigo John. É uma série um bocado diferente de todas as outras, mas com um humor do melhor que já vi! Deixo aqui um tipo de best of. O primeiro e último sketch estão geniais!
Ainda ontem estávamos a discutir durante o jogo SCPxSLB que os comentadores deviam poder dizer asnerias, só para tornar o discurso mais credível.
Foi o que aconteceu: "Leo, claramente chateado com os seus colegas"
O que devia ter acontecido: "Leo, todo fodido com os seus colegas"
Qual é que representa melhor a realidade?
Entretanto leio este um texto do escritor brasileiro Millôr Fernandes, fornecido pela Rita (obrigado), que traduz perfeitamente o que estávamos a falar ontem. Aqui vai:
O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela diz. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda-se!" aumenta a minha auto-estima, torna-me uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Liberta-me.
"Não quer sair comigo?! - então, foda-se!" "Vai querer mesmo decidir essa merda sozinho(a)?! - então, foda-se!"
O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição.
Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para dotar o nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade os nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo a fazer a sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.
"Comó caralho", por exemplo. Que expressão traduz melhor a ideia de muita quantidade que "comó caralho"?
"Comó caralho" tende para o infinito, é quase uma expressão matemática.
A Via Láctea tem estrelas comó caralho! O Sol está quente comó caralho! O universo é antigo comó caralho! Eu gosto do meu clube comó caralho! O gajo é parvo comó caralho!
Entendes? No género do "comó caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "nem que te fodas!". Nem o "Não, não e não!" e tão pouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, nem pensar!" o substituem. O "nem que te fodas!" é irretorquível e liquida o assunto. Liberta-te, com a consciência tranquila, para outras actividades de maior interesse na tua vida. Aquele filho pintelho de 17 anos atormenta-te pedindo o carro para ir surfar na praia? Não percas tempo nem paciência. Solta logo um definitivo: "Huguinho, presta atenção, filho querido, nem que te fodas!". O impertinente aprende logo a lição e vai para o Centro Comercial encontrar-se com os amigos, sem qualquer problema, e tu fechas os olhos e voltas a curtir o CD (...)
Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou o seu correlativo "Pu-ta-que-o-pa-riu!", falado assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba. Diante de uma notícia irritante, qualquer "puta-que-o-pariu!", dito assim, põe-te outra vez nos eixos. Os teus neurónios têm o devido tempo e clima para se reorganizarem e encontrarem a atitude que te permitirá dar um merecido troco ou livrares-te de maiores dores de cabeça.
E o que dizer do nosso famoso "vai levar no cu!"? E a sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai levar no olho do cu!"? Já imaginaste o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai levar no olho do cu!"? Pronto, tu retomaste as rédeas da tua vida, a tua auto-estima. Desabotoas a camisa e sais à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu-se!". E a sua derivação, mais avassaladora ainda: "Já se fodeu!". Conheces definição mais exacta, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusivé, que uma vez proferida insere o seu autor num providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando estás a sem documentos do carro, sem carta de condução e ouves uma sirene de polícia atrás de ti a mandar-te parar. O que dizes? "Já me fodi!" Ou quando te apercebes que és de um país em que quase nada funciona, o desemprego não baixa, os impostos são altos, a saúde, a educação e … a justiça são de baixa qualidade, os empresários são de pouca qualidade e procuram o lucro fácil e em pouco tempo, as reformas têm que baixar, o tempo para a desejada reforma tem que aumentar … tu pensas “Já me fodi!”